sexta-feira, 7 de maio de 2010

História do Movimento dos Focolares

O Movimento dos Focolares




Trento, 1944
Em um refúgio anti-aéreo abrimos ao acaso o Evangelo na página do Testamento de Jesus:“Pai, que todos sejam um, como eu e tu”.Aquelas palavras pareciam iluminar-se uma a uma. Aquele "todos" foi o nosso horizonte. Aquele Projeto de Unidade a razão da nossa vida.

Chiara Lubich


O primeiro núcleo em Trento...

É num panorama de ódio e violência, durante a 2ª Guerra Mundial que se acende a centelha inspiradora, a "descoberta fulgurante" do Único que "nenhuma bomba pode destruir": Deus. Deus, experimentado como Amor, muda radicalmente a vida de Chiara Lubich, na ocasião com um pouco mais de vinte anos de idade. Uma experiência comunicada e compartilhada imediatamente com suas primeiras companheiras.
Aos refúgios anti-aéreos levam somente o Evangelho. Descobrem “como” responder ao Amor. É a própria Chiara que escreve naquele tempo: "Cada dia novas descobertas: o Evangelho tornava-se o nosso único livro, única luz de vida".
No mandamento do amor recíproco descobrem a lei para recompor, através da fraternidade, a sociedade desagregada. "Colocávamos tudo em comum: utensílios, casas, ajuda, dinheiro. Era uma outra vida".
Com admiração, aquele primeiro grupo experimenta a luz, a força, a coragem, o amor, frutos da presença de Jesus, prometidos por Ele quando dois ou três estão reunidos no Seu nome. Uma luz que ilumina a última oração de Jesus ao Pai: que todos sejam um. Este projeto divino sobre a família humana, torna-se o programa da vida delas: "Façamos da unidade entre nós um trampolim para correr onde não há unidade e realizá-la".
Os efeitos: "Cada dia aumentam ao nosso redor pessoas de todas as idades e condições sociais. Ódio e rancor são apagados. Muitas famílias se recompõe em paz”. Nasce a certeza que no Evangelho está a solução de todos os problemas individuais e sociais.

... um Movimento

Rapidamente aquele primeiro grupo torna-se um Movimento que suscita uma renovação espiritual e social. Em pouco mais de 60 anos de vida alcançou uma difusão mundial (182 países), além de dois milhões de aderentes e uma irradiação de alguns milhões, dificilmente quantificável.
Um pequeno povo – Por causa da diversidade da sua composição, com os anos o Movimento assume as dimensões de um pequeno povo, como o definiu o Papa João Paulo II: abraça não só católicos, mas também cristãos de diferentes Igrejas e Comunidades Eclesiais, além dos hebreus. Aos poucos vão fazendo parte do Movimento, seguidores das grandes religiões e até pessoas sem uma referência religiosa. A adesão ao Movimento acontece sem sincretismos, na plena fidelidade à própria identidade. Comum é o empenho de viver, de várias maneiras, o amor e a unidade que estão inscritos no DNA de todo homem.
Porque a denominação de Movimento dos Focolares- Desde o início o Movimento foi denominado pelas pessoas de Trento como "dos focolares", por causa do "fogo" do amor evangélico que animava Chiara Lubich e suas primeiras companheiras.
Fundadora: Chiara Lubich. Ela mesma ressalta que o Movimento "não foi pensado por uma mente humana, mas é fruto de um carisma que vem do Alto. Nós procuramos seguir a vontade de Deus, através das diversas circunstâncias, dia após dia".
As aprovações – O Bispo de Trento, Mons. Carlo De Ferrari, dá a sua primeira aprovação, na Igreja local, em 1947: “Aqui existe o dedo de Deus”. Seguem-se as aprovações pontifícias: a primeira em 1962; a mais recente, para os desenvolvimentos ulteriores, em 1990.
Um Movimento eclesial - Os Focolares inserem-se no atual fenômeno de florescimento dos movimentos eclesiais que originam-se de um "carisma preciso, doado à pessoa do fundador" (João Paulo II), ou seja de um "dom do Espírito" que suscita sem cessar "a novidade do cristianismo" (card. Ratzinger). João Paulo II reconhecerá no carisma de Chiara Lubich um "radicalismo do amor" e, no Movimento, o perfil da Igreja do Concílio, aberta aos vários diálogos (19.8.1984).

Espiritualidade da Unidade

Enquanto se acreditava que simplesmente se vivia o Evangelho – escreve ainda Chiara Lubich – inadvertidamente o Espirito ia ressaltando algumas Palavras que deveriam tornar-se os princípios operantes de uma nova corrente espiritual: a espiritualidade da unidade".
É a partir desta espiritualidade, do estilo de vida de pessoas de toda idade, categoria, vocação e cultura, que o Movimento se desenvolve. No coração do Movimento estão os 'focolares', pequenas comunidades masculinas ou femininas, de virgens ou casados.
No quadro atual de mudanças que marcam uma época, compartilhando com a humanidade a sofrida gestação de uma nova sociedade globalizada, interdependente, multicultural e multireligiosa, o Movimento está empenhado, juntamente com muitas outras forças que se movem para este mesmo objetivo, a compor na unidade a família humana, enriquecida pela diversidade.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

 
Copyright - Geração Nova Sacerdotal - Gens - Brasil